quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Marina, de Roberta e Ulisses - Recife/PE

Pra nós foi muito gratificante poder acompanhar o empoderamento de Roberta e Ulisses e saber que contribuimos neste amadurecimento.

Marina linda chegou para trazer harmonia e unir ainda mais esta família!


É muito gratificante recebê-los sempre no Ishtar e ver que aquela sementinha germinou e hoje já está lançando novas sementes no mundo da humanização!

"Bem, quando eu fiquei sabendo da existência do Ishtar, não tinha idéia de quanto ia me envolver no grupo e no movimento pelo parto humanizado. Comecei a ir às reuniões timidamente e confesso que da primeira vez que ouvi falar em plano de parto, achei uma viagem. E como eu era acompanhada por uma obstetra que não valorizava o parto como um evento fisiológico, riquíssimo de emoções, importante pro nosso desenvolvimento como mulher e pro nascimento de nós mesmas como mães, eu achava as coisas ditas no Ishtar algo muito longe da minha realidade. Até um belo dia - não sei dizer como, quando ou porque - vi que aquilo tudo fazia sentido pra mim, percebi que ter minha filha de uma forma diferente daquilo ia ser uma agressão à nós duas. Foi quando comecei a batalhar pra que Marina nascesse de uma forma humanizada e respeitosa e para que eu pudesse ter mais controle sobre o que acontecia comigo a partir daquela etapa da gravidez - era o tal do protagonismo que as meninas tanto falavam.
Foi aí que com o apoio das meninas do Ishtar, cheguei a Dra. Leila e vi que plano de parto não era viagem nenhuma, que bebês laçados podem nascer lindamente, que não tinha o menor risco de eu ter diabetes gestacional (a outra doutora tinha uma certa implicância com minha glicose, hehe) e ali tive certeza que só faria uma cesárea se ela fosse realmente necessária. Nossa, como a gravidez ficou mais leve e gostosa a partir dali.
Apesar de mais leve e gostosa, alguns probleminhas começaram a aparecer justo quando eu achava que mais nada me impediria de parir bem bonito. Por volta da 30a semana, minha pressão começou a aumentar e caminhou pra uma pré-eclâmpsia. Ainda assim, Dra. Leila não me deixou assustada em momento algum, apesar da gravidade. Fui internada, meu parto foi induzido (com 38 semanas), tomamos todos os cuidados necessários e tentamos bravamente o nosso parto normal, que infelizmente não veio. Mas tive um trabalho de parto tranquilo, rodeada por rostinhos amigos e familiares, que me apoiavam e confiavam em mim. Marina se livrou de um parto prematuro, já que nenhuma das obstetras que visitei durante a gravidez esperaria meu trabalho de parto com a pressão alta. Excesso de cautela delas? Não, de maneira alguma, desculpa pra meter a faca mesmo, hehe.

O Ishtar, além disso tudo, nos trouxe Aninha, que ficou ao meu lado durante todo o processo. Suas mãozinhas, sua tranquilidade e seu dom tornaram as coisas mais fáceis, demorei muuuuito a pedir analgesia. E o que não teve preço mesmo, foi ter sua mão apertando a minha após a cirurgia, enquanto Marina recebia os cuidados da pediatra e demorou um pouco mais do que eu esperava pra vir pra gente.
Eu adoro essas meninas. Aninha, Analu e Dra. Leila são pessoas muito especiais e torço muito pelo sucesso delas sempre.
Contem conosco, viu?"


Quem quiser ler o relato completo do parto da Roberta, clique aqui => http://temumnenemnaminhabarriga.blogspot.com/2008/12/relato-de-parto-finalmente-p-marina.html

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